Mesa
para duas, neste espaço com nome de mulher que trabalha a terra, em dias de fria
e penetrante geada, daquela que corta os ossos e arrefece a alma. Não sei
o que reza a história deste nome, mas tenho cá para mim que Maria Xica era uma mulher forte, destemida e trabalhadora.
Encontrámos o restaurante,
por mero acaso, num passeio pelo bonito e preservado centro histórico de Viseu.
Há dias de sorte! Fica num edifício recuperado, tem ar descontraído, muito vintage, uma vista privilegiada e é uma verdadeira área de (en)cantos. No rés-do-chão, o
restaurante, por sinal, muito elegante. No primeiro andar, um terraço com esplanada e ainda um bar e pequenas
divisões a aclamar por conversas e diversão. Adivinhem por onde ficámos: no exterior. Elementar, meus caros! Mas, desde logo, à entrada, peguei no jornal e também num
folheto de programação cultural que parece ser a prata da casa!
Perante
a sugestão da carta e em época de caracóis e companhia, tudo puxa para o
petisco: está-nos nas veias, ainda para mais numa tarde quente como as do
interior do nosso Portugal. Optámos então pela versão do petisco, mas daquele de faca e
garfo: o folhado de alheira, o pica-pau de novilho e o tão afamado cone de
batata frita. Para beber, vinho a copo: um Dão tinto!
Ora,
uma musiquinha chill out, uma mesa cuidada, um vinho razoável, a leitura do
vespertino, o ruído quase nulo das mesas adjacentes, a alegria contagiante da
minha filha. Eis o que (realmente) importa viver.
A
comida: do que experimentámos, recomenda-se!
O
atendimento: prestável e simpático, o que é de esperar dada a juventude de quem
nos serve.
O
ambiente: vintage e informal.
A localização: sem trânsito, implica uma bela e merecida passeata pelo centro histórico. Há melhor?!
Gostei
mesmo: dos folhados de alheira.
Não
gostei: de ser atendida por dois empregados e um deles se ter esquecido de um pedido. Sem comentários.
E agora...saúdinha a todos e boa noite!
Sem comentários:
Enviar um comentário