domingo, 28 de setembro de 2014

# Cada vez mais sushiaholic

Se podia odiar sushi? Poder, até podia…mas não era a mesma coisa. Sem sombra de dúvida.

Conheço o conceito do Sushi Dragon há cerca de uns dois anos e, desde aí, os convites para saborear o sushi do César Ramusga (o sushiman!), são irrecusáveis. Para quem não achava piada nenhuma ao sushi, agora quase fico a salivar cada vez que olho para a agenda e leio “sushi @amiga/o”. Ai, ansiedade.

Estamos a falar, pois claro, de sushi ao domicílio. Agenda-se uma data, marca-se a hora, indica-se o número de pessoas, fornece-se a morada e escolhe-se uma das opções para a sushizada. Porreiro, não é? Mas melhor que tudo isto, é que quem recebe só tem duas tarefas básicas: pôr a mesa e deixar a cozinha por conta do chef, cerca de três horas antes da chegada dos convidados. Obviamente, a confecção, os paus, as taças e o respectivo molho de soja e todo o serviço são por conta dele! Parece-vos bem? A mim, sabe-me que nem ginjas! 
 

O sushi é do bom, o arroz está no ponto, as frutas são frescas e a qualidade do peixe é indiscutível (macio e saboroso). Depois o corte e a apresentação dizem tudo. Eu começo a babar-me só com o cheiro. Uma maravilha, é o que vos digo.

Não vos falo das peças porque nem tão pouco entendo alguns nomes que me parecem impronunciáveis. Conheço os temakis e nigiris e pouco mais. Tal como já vos disse, este blogue não é um espaço de crítica gastronómica portanto, gosto muito do sabor e ponto final.




(imagem de Sushi Dragon)
                                                        (imagem de Sushi Dragon)

E que conste que já sentei o rabo em restaurantes de sushi quer aqui pelo litoral, quer mais ali na capital (não, nunca fui àqueles em que os pratos andam ali a passar à nossa frente e que mais parece uma pista de carrinhos. Só porque não calhou.). E levei o apetite de sempre e a vontade de experimentar tudo de novo. Mas só vos digo: é verdade que a decoração é, nalguns casos, linda, que a variedade de peixes é maior, que me tratam super bem. Mas a qualidade do serviço ao domicílio, o aroma do sushi e a confiança no sushiman colocam o Sushi Dragon na minha lista de eleição!
 
A comida: delicada e de excelência. 
O atendimento: ...irrepreensível!
O ambiente: há lá melhor sitio que a nossa casa ou a de amigos?! Nota máxima.
Gostei mesmo: tempuras e o atum. Até bato palmas!
Não gostei: do saqué. Prefiro um bom vinho ou uma cerveja bem fresca.
 
E agora...uma boa noite domingueira e um voluto bem forte, sem Clooney.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

# Com Alma... - o Fado vivido na Ribeira do Sol

Esqueçam o "Festival Caixa Alfama'14" que decorreu sexta e sábado, em Lisboa. Esta minha experiência foi singular e... ainda mais arrojada. Digo isto, porque dois irmãos lançarem-se num desafio de organizar uma noite de fados, dedicada ao pai, num local mágico, para cerca de 60 convidados, é obra! E mais: para novatos na área, conseguir pormenores encantadores, é obra de arte!

Quase me esqueci da casa de madeira original, ao entrar. Um ambiente familiar, dos 8 aos 80 (prova de que o Fado não escolhe idades!), descontraído e íntimo, com cheiro a taberna bairrista e a fazer jus ao nome do evento: Com alma.

(imagem de Márcia Gaspar)
                                                                                                                                    (imagem de Márcia Gaspar)

Gostei das entradas tradicionais. Da comida muito portuguesa a criar uma boa combinação com o espaço e o conceito. Dos pequenos intervalos que quebraram o silêncio com uma alegria contagiante. Do serviço de mesa a cargo de um pequeno grupo de amigos. Gostei do caldo verde. E do chouriço assado. Gostei dos lenços. Das lanternas, da luz de velas e das guitarras. Gostei da linha gráfica, sobretudo no vinho tinto e nas t-shirts. Gostei do café d'avó acompanhado de coscorões. Melhor que tudo isto, só mesmo o convívio. Inigualável.


                                                                          (imagem de Márcia Gaspar)
               (imagem de Márcia Gaspar) 

Não sou conhecedora de Fado, que o digam os amigos com quem partilhei esta noite. Muito menos, tenho jeito para cantar.Já sei, já sei. Aliás, a minha vocação já a descobri há algum tempo: sentar-me a uma mesa, rodeada de bons amigos e petiscos! Depois, rabiscar. Mas, adiante. Gostei , maioritariamente, do que ouvi. Fado com sentimento, garra, alegria e que não chora lágrimas nem melancolia. O resto são tretas! Ó i ó ai! Nuno Sérgio e Ricardo Silva na guitarra portuguesa, fervilharam de vida. Ah fadistas!

                                                                                                                                      (imagem de Márcia Gaspar)

E por uma noite, com chuva e com alma lavada, o Fado morou na Ribeira do Sol.

A comida: esteve à altura, sim senhor!
O atendimento: simpático e célere. Quando quiserem organizar algo semelhante, não hesitem. 
O ambiente: muito acolhedor, descontraído, onde o Fado foi protagonista! Atmosfera única.
A localização: nada que um simples mapa ou gps não resolvam! A compensar, estacionamento à grande.
Gostei mesmo: da transformação do espaço numa verdadeira casa de fados.
Não gostei: de não ter trazido a bela da garrafa de vinho tinto, para mais tarde...beber, claro!
 
E agora... pensem que "há dias que marcam a alma e a vida da gente".

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

#4 - Maria Xica - esta não é uma maria-vai-com-as-outras

Mesa para duas, neste espaço com nome de mulher que trabalha a terra, em dias de fria e penetrante geada, daquela que corta os ossos e arrefece a alma. Não sei o que reza a história deste nome, mas tenho cá para mim que Maria Xica era  uma mulher forte, destemida e trabalhadora.

Encontrámos o restaurante, por mero acaso, num passeio pelo bonito e preservado centro histórico de Viseu. Há dias de sorte! Fica num edifício recuperado, tem ar descontraído, muito vintage, uma vista privilegiada e é uma verdadeira área de (en)cantos. No rés-do-chão, o restaurante, por sinal, muito elegante. No primeiro andar, um terraço com esplanada e ainda um bar e pequenas divisões a aclamar por conversas e diversão. Adivinhem por onde ficámos: no exterior. Elementar, meus caros! Mas, desde logo, à entrada, peguei no jornal e também num folheto de programação cultural que parece ser a prata da casa!
 



Perante a sugestão da carta e em época de caracóis e companhia, tudo puxa para o petisco: está-nos nas veias, ainda para mais numa tarde quente como as do interior do nosso Portugal. Optámos então pela versão do petisco, mas daquele de faca e garfo: o folhado de alheira, o pica-pau de novilho e o tão afamado cone de batata frita. Para beber, vinho a copo: um Dão tinto!




Ora, uma musiquinha chill out, uma mesa cuidada, um vinho razoável, a leitura do vespertino, o ruído quase nulo das mesas adjacentes, a alegria contagiante da minha filha. Eis o que (realmente) importa viver. 
 
A comida: do que experimentámos, recomenda-se!
O atendimento: prestável e simpático, o que é de esperar dada a juventude de quem nos serve.
O ambiente: vintage e informal.
A localização: sem trânsito, implica uma bela e merecida passeata pelo centro histórico. Há melhor?!
Gostei mesmo: dos folhados de alheira.
Não gostei: de ser atendida por dois empregados e um deles se ter esquecido de um pedido. Sem comentários.

E agora...saúdinha a todos e boa noite!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

#3 - Ti Maria dos Queijos - uma tasca à portuguesa

Nesta tasca, come-se bem, come-se muito e paga-se pouco. Digo eu. Tem ótimos petiscos. A ementa inclui entradas de queijos frescos e secos (ah tamanha perdição!), azeitonas e pão e broa. De resto é escolher grelhados na brasa à unidade, entre morcela, alheira, chouriça, linguiça, lentrisca, costoleta, entrecosto e há também bacalhau na brasa com batatinha a murro. A salada e a batata frita são de "chorar por mais" e dão para alimentar a família inteira. Acompanha tudo com vinho a jarro.


A Tasquinha da D. Maria ou da Ti Maria dos Queijos, como é sobejamente conhecida, é uma casa simples e despretensiosa, com pequenas divisões e numa delas um antigo lagar de azeite que foi transformado em pouso redondo com a prensa ao centro. Quem vai à procura de grande conforto que não se iluda. Estamos numa tasca. Só há bancos. E mesas, essencialmente quadradas. Mas nada mais fácil do que arrastá-las...e juntá-las mediante o espaço disponível. As paredes são ornamentadas com objectos agrícolas.
A D. Maria anda quase sempre por lá e a sua simpatia cativa-nos logo à entrada. Assim que passamos a porta - sempre aberta - o café e o espaço reservado ao grelhador conferem um sabor saudosista da infância. Há também um recanto engraçado, numa das salas, que oferece alguma privacidade.
Fica na Serra d’Aire e Candeeiros, e chegar lá não é propriamente tarefa fácil, mas nem por isso perde pontos. Pelo contrário. A paisagem, a partir do banco corrido no exterior, é grandiosa!
Mesmo a meio da semana, está (quase sempre) cheia. Se dispensarmos as sobremesas (arroz doce e pudim), uma nota de dez euros basta. Bem empregues, com certeza. Aprovado!

A comida: dentro do leque, saborosa.
O atendimento: destreza e simplicidade.
O ambiente: assim a dar mesmo ar da verdadeira tasca de aldeia!
A localização: chegando ao Livramento (Porto de Mós), respira-se a tranquilidade da Serra.
Gostei mesmo: da batatinha frita cortada bem fininha! Ui ui. 

E agora...vou ali espreitar se o Clooney sempre sobe ao altar, em setembro. Vai que ainda me convida para ir à cerimónia! E eu, irritadíssima por voltar ao Lago Como...

sábado, 6 de setembro de 2014

#2 - Espaço Eça - na senda da simplicidade

Mas que ideia genial “Eça”, de criar um “Espaço” assim, em Leiria. Um conceito novo e recente, no centro histórico da cidade: aliar um simples café, aos petiscos, aos vinhos e à literatura. Diria mais: aos gostos simples e sabororos.  
Estava curiosa para visitar o “Espaço Eça”, projeto da Susana e do Luis. E…expetativas totalmente superadas. Tanto que depois de uma refeição leve ao almoço, regressei para lanchar e trautear com uma amiga. Voltamos sempre onde já fomos felizes, não concordam?
Apaixonei-me logo no exterior: a pasteleira recuperada, a sardinha pendente, a ardósia e o banco de encosto. Os pormenores são, sem dúvida, o que tornam este Espaço, tão especial.
 

Fiquei rendida: à decoração simples, sóbria e confortável, à luminosidade, à musiquinha de fundo (viva a bossa nova e o jazz), às joias literárias e à simpatia com que nos receberam. Todo este cenário, sob o olhar atento do Eça!
 


Ao almoço aviei-me com uma salada de bacalhau acompanhada de alface e tomate. E não deixei de provar a tosta de alheira e queijo da ilha que me encheu as medidas. Para sobremesa, um requeijão com canela e doce de abóbora. Tão simples e delicioso quanto pecaminoso. À tarde um copo de sumo de laranja natural e uma boleima. Ainda fui amavelmente presenteada com pedaços de chocolate negro. Oh tentação! Claro está que, à noite, para me redimir, tive mesmo que gastar as solas!
Já me soou que há outras especialidades por lá: o folhado de morcela, o de alheira, o xisto de presunto e queijo curado. Para acompanhar com vinho a copo, cerveja artesanal ou uma sangria do Eça.
Parece-vos bem? A mim, parece-me tentador.

A comida: refeição rápida, leve e saborosa. Ainda por cima, a preço bastante acessível.
O atendimento: simpático.
O ambiente: cosy", calmo e relaxado. Convida a ficar. Mas o inverno vai pedir um braseiro!
A localização: zona excelente para passeios pedonais. E visitas do Padre Amaro.
Gostei mesmo: do Espaço. Não é para jantar, muito menos de top. Mas é bonito, com conjugação perfeita de peças vintage, acolhedor e de cara bem lavada.
Não gostei: algumas das especialidades não constam na carta. Ainda.Mas cada coisa a seu tempo.

E agora...vou ali lavar a loiça. Boa noite!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

#1 - Adega Típica da Pena - um quadro valioso

É do cimo da Serra de São Macário, que avisto meia dúzia de casas de xisto aninhadas no fundo do vale, num cenário deslumbrante e inspirador. Sinto-me dona do mundo, com tamanha beleza!
Chegar à Adega Típica da Pena, mesmo à entrada da Aldeia da Pena (concelho de São Pedro do Sul), não é tarefa fácil, sobretudo se nos depararmos com um carro em sentido contrário. Mas, adiante. Nada de esmorecer porque a visita à Pena, é merecida! E se o cenário é único e singular, esta adega está ao mesmo nível nas suas iguarias gastronómicas.

Uma pequena casa de xisto, num espaço simpático e acolhedor. Na decoração, pouco há a acrescentar. Objetos com alma e cheiros de histórias. É fácil identificarmo-nos com as garrafas de refrigerantes que nos remetem para a infância. As paredes são cobertas de cartões de visita, pedaços de papel manuscritos com mensagens dos visitantes. Pendem sobre o balcão uma série de campainhas (outrora usadas pelo gado, digo eu que nada percebo disso). E há ainda umas peças de artesanato típico da aldeia e uns licores que podemos admirar e… adquirir. Umas velhas notas e uns cachecóis de clubes regionais adornam o teto. As memórias assumem-se como protagonistas incontestáveis. Bom, essas… e os petiscos.
O exterior – com uma pequena varanda e vista serra – é coberto por videiras e um telheiro com forno a lenha para o cabrito assado e grelhados na brasa, que se dizem especialidades da casa.
Pormenor curioso: a casa de banho encontrar-se no piso inferior, mas do lado exterior da casa! Gostei mesmo do porta-chaves. Assim, é difícil perdê-lo.


Com a hora de almoço a chegar, abeirei-me do balcão e quase adivinhando a resposta questionei se tinha multibanco. "Costumamos ter, mas… está avariado". Devo ter ficado com aquela cara de toma-lá-que-já-comeste-e-aprendeste que fui convidada a almoçar e a pagar posteriormente…por transferência bancária. Ora, digam lá: até os olhos se me arregalaram. Primeiro declinei, mas perante o apetite e o cheiro das carnes no braseiro, não me fiz rogada! Um grande bem-haja à confiança.
Mesa no exterior para duas pessoas, bancos em xisto fixos e...qual carta! Quem quiser saber o que ali se come tem de olhar para a placa de ardósia em cima das mesas. Decidimo-nos apenas pelos petiscos: azeitonas, chouriça assada, um prato bem recheado de presunto curado, um queijinho de cabra fatiado, um cesto de pão e broa a casar com um copo de tinto da casa. Não nos acanhámos. Lá por ser verão, o corpo não trabalha só a saladinhas. Até porque a subida até ao carro era íngreme e ainda íamos calcorrear uns trilhos. Posto isto, toca de aconchegar o estômago! E não ficámos nada mal.
 

O espaço – o único restaurante da aldeia - rapidamente acolheu gentes de Mirandela, Arouca, Viseu, enfim, passantes. Está claro que ouvimos a galhofa toda da vizinhança. É daqueles sítios que convém ir acompanhado com alguém que fale e solte umas risadas, senão sujeita-se a levar com a conversa dos outros. De qualquer modo, é simples e de bom trato. Segundo percebi, convém ir cedinho – pelo menos, durante os dias de calor. Enche depressa.

A comida: petiscos tradicionais e saborosos.
O atendimento: simpático, célere e com gente da casa.
O ambiente: típico de aldeia de xisto. Muito aprazível no verão. Já no inverno deve ser frio para caraças.
A localização: um bocadinho, só um bocadinho fora de mão (cerca de 20km de São Pedro do Sul).
Gostei mesmo: de comer e pagar depois – fiar, portanto.
Não gostei: da casa de banho.
E se for o caso, onde ficar: Solar Quinta de São Carlos (Viseu) - excelente hospitalidade, conforto e sossego!

E agora, vou ali fazer um strudel de alheira e espinafres, só para contrariar.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Abertura oficial da tasca

Percorro umas milhas. De vez em quando, vá. Faço uns kms mais frequentemente e corro uns metros quando me dá na real gana. Pelo menos, tento. Não é só por desporto ou por moda (sim, que sobretudo passear-se à beira-rio ou alinhar em grupos de corridas noturnas é sinónimo de preocupação com o físico e cai sempre bem numa conversinha banal) ou porque faz realmente bem (essa conversa que já todos conhecemos de cor e salteado), embora também saiba que isto acima dos 40 não perdoa! Oh vida maldita!

Mas o pecado é mesmo a gula. E ainda em jeito de confissão vos digo:gosto muito de comer! De petiscar. De trincar. De saborear. De experimentar. De viajar à volta de uma mesa. E, por fim, de beber, um bom vinho! Portanto, não tenho outro remédio senão desenfrear as pernas com tamanhos descalabros alimentares que vou cometendo. E com umas mini corridinhas no Polis isto lá se vai aguentando! Sim, que o meu desporto favorito é mesmo uma esplanada e o pôr-do-sol!

E depois também gosto, tanto ou mais, de me evadir. Quem é que não gosta?! Sou um bocado viciada no “vá para fora cá dentro”. Há quem me chame de “bazar ambulante”, ou seja, ando de poiso em poiso e mesmo sem querer tenho sempre estórias para contar aqui, ali e acolá.

Este é o fio condutor da Tascolandia: um blogue de tascas (as antigas e as modernas), petisqueiras, restaurantes, esplanadas, tabernas, adegas, terraços e afins (comidinha, quero eu dizer!) por onde vou passando, conhecendo, experimentando e registando as minhas impressões. As boas...as menos boas e as más. No nosso Portugal. 

Engane-se quem vem aqui à procura de restaurantes com distinções e estrelas (com todo o respeito pelos chefs!), mas para além de não ter carteira recheada para tal (embora também lá vá de quando em vez) essa não é a minha praia. Todos temos uma. Até gosto da praia do Ancão, mas prefiro a da Marinha (vale pela ginástica de subir aquela escadaria à torreira do sol). Está-me na massa do sangue. E gostos não se discutem.

Por outro lado, este também não é um espaço de crítica gastronómica nem nada que se pareça. Nem se aspira a tal. Entendidos? Por isso, se alguma coisa correr mal quando for a um sítio afamado, não escondo. "Boto" a boca na botija. Aqui sai tudo para a mesa: os "recomendáveis" e os "a evitar". Mas também sei reconhecer imprevistos, exceções e dias maus. Todos temos.

Nunca faço frete quando vou comer fora (a bem dizer, de vez em quando calham-me uns bem penosos). Mas se aqui leem sobre algum tasco é porque sou, certamente, a primeira a recomendá-lo ou a criticá-lo, aos meus amigos.

E porque alguns dos melhores petiscos ou pitéus, são na maioria, acompanhados com dormida, passeios e leituras, é bem possível que por aqui encontrem uns devaneios sobre esses prazeres. E agora...

é hora de tocar os copos de vinho e inaugurar a Tascolandia!  Tchim, tchim.

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